Internato Médico – Manual do Doutorando
ATIVIDADES DE ENFERMARIA E AMBULATÓRIO – INTERNATO 12a FASE & ESTÁGIO ELETIVO EM NEUROLOGIA – ANO 2022
Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta | |
Manhã | 7:30-8:20 Aula / discussão de caso clínico na sala de aula CLM (em frente ao departamento de Clínica Médica)
09:30 Visita às Enfermarias com Dr. André e Dr. Edson (Ponto de encontro na Enfermaria de Neurologia – CM2 HU/UFSC)
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7:30-8:20 Aula / discussão de caso clínico na sala de aula CLM (em frente ao departamento de Clínica Médica)
9:30 Visita às Enfermarias com Dr. Luiz Paulo e Dr. Adaucto (CM2)
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7:30-8:20 Aula / discussão de caso clínico na sala de aula CLM (em frente ao departamento de Clínica Médica)
7:00 Ambulatório de Esclerose Múltipla com Dr. Adaucto (Área B)
10:30 Visita às Enfermarias com Dr. Adaucto (CM2) ou Dr. Edson ou Dr. Ricardo
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7:30-8:20 Aula / discussão de caso clínico na sala de aula CLM (em frente ao departamento de Clínica Médica)
8:30 Enfermaria CM2
9:00 Seminário teórico + Discussão de caso clínico multidisciplinar (Sala de aula em frente à Coordenação do Curso – Bloco didático-pedagógico – Térreo) |
7:30-8:20 Aula / discussão de caso clínico na sala de aula CLM (em frente ao departamento de Clínica Médica)
07:00 Ambulatório de Epilepsia com Dra. Márcia e Dr. Ricardo (Área B)
9:30 Visita às Enfermarias com Dr. Luiz Paulo e Dr. Ricardo (CM2)
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Tarde | 13:00 Ambulatório de Cefaleia com Dr. Luiz Paulo (Área B)
16:00 Ambulatório de Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento com Dr. André (Área B)
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13:00 Ambulatório de Neurologia Geral com Dr. Luiz Paulo (Área B)
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13:00 Ambulatório de Doenças Neuromusculares e Neurogenéticas com Dra. Gisele, Dr. André, Dra. Pricila (Área B) | 13:00 Ambulatório de Neuropsiquiatria Geriátrica com Dra. Márcia, Dr. Ylmar, Dr. Marcos e Dr. Eduardo (Área B)
ÁREA VERDE DOS DOUTORANDOS 15:30 Reunião CRINGE (Clube de Revista em Imunologia, Neurologia e Generalidades) – coordenação Dr. Adaucto (Sala de aula em frente à Coordenação do Curso – Bloco didático-pedagógico – Térreo) |
13:00 Ambulatório de Epilepsia com Dra. Marcia, Dr. Edson e Dr. Ricardo (Área B)
16:00 Clube de Revista em Epileptologia e Neurofisiologia Clínica – coordenação Dra. Katia (Local: Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas)
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*Horários estimados, sujeitos a mudanças, a depender do número e intercorrência de pacientes.
OBSERVAÇÕES:
1) Na segunda-feira, os DOUTORANDOS deverão dirigir-se à enfermaria assim que terminar a discussão de casos clínicos da CLM às 8:20 horas para se encontrar com a equipe de Neurologia e acompanhar os médicos-residentes na CM 2. Todos os pacientes devem ter sido examinados e avaliados no dia pelos doutorandos em trabalho conjunto com os médicos-residentes ANTES da visita às enfermarias com o respectivo staff do dia. Em relação às aulas do internato que ocorrem todos os dias das 7:30-8:20 horas, e são atividades obrigatórias para os DOUTORANDOS, os mesmos deverão chegar nos ambulatórios de quartas e sextas pela manhã após o término da aula.
2) O DR. LUIZ PAULO DE QUEIROZ é o responsável em fornecer as notas dos doutorandos. Esta nota deverá ser solicitada diretamente a ele na sexta-feira, ao término do internato, após a visita à enfermaria e avaliação que ele promove com a presença exclusiva dos doutorandos. Somente a presença diária poderá ser solicitada ao médico-residente.
3) Material didático disponível para o INTERNATO no site: www.neurologiahu.ufsc.br >> Graduação >> Disciplinas >> Internato Médico, bem como os protocolos clínicos e formulários adotados no serviço para as principais enfermidades neurológicas em www.neurologiahu.ufsc.br >> Protocolos Clínicos.
4) Todas discussões/aulas realizadas no período do estágio serão avaliadas e será atribuída uma nota ( já previsto no plano de ensino). À critério do professor, poderá ser realizada uma avaliação por escrito (dissertativa – descrição do caso clínico, diagnóstico e manejo, conduta com embasamento teórico) dos doutorandos tendo como base os casos clínicos dos pacientes internados na enfermaria da neurologia – correspondendo às notas COGNITIVO e PROCEDIMENTAL da caderneta.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS ESPERADAS DO DOUTORANDO NO ESTÁGIO EM NEUROLOGIA:
OBJETIVO GERAL
- Ensinar os princípios e técnicas para o reconhecimento e manejo das doenças neurológicas mais prevalentes que um médico generalista irá encontrar em sua prática clínica diária.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Ensinar e reforçar as seguintes competências técnicas:
- Habilidade para obter uma história médica completa e confiável
- Habilidade para executar um exame neurológico dirigido e confiável
- Habilidade em examinar pacientes com alteração do nível de consciência ou estado mental anormal
- Habilidade para apresentar um caso clínico de forma clara, concisa e com todos os dados essenciais (anamnese e exame físico)
- Habilidade para executar uma punção lombar
- Ensinar e reforçar as seguintes competências analíticas:
- Habilidade em reconhecer sintomas neurológicos (distúrbios de consciência, cognição, linguagem, visão, audição, equilíbrio, função motora, sensibilidade e função autonômica)
- Habilidade em distinguir um exame neurológico normal do anormal
- Habilidade em diagnóstico topográfico
- Habilidade em formular um diagnóstico diferencial baseado na localização provável da lesão, evolução temporal e características demográficas e da história relevantes
- Uso e compreensão mínima de exames complementares mais comuns na neurologia: eletroencefalografia, eletroneuromiografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada, biópsia de músculo, testes genéticos
- Princípios de manejo de doenças neurológicas mais comuns incluindo o reconhecimento e manejo de emergências neurológicas: participar da assistência de pelo menos 1 paciente com AVE, 1 paciente com demência, 1 paciente com distúrbio neurológico transitório (síncope, AIT, etc.), 1 paciente com distúrbio do movimento, 1 paciente com doença inflamatória do SNC, 1 paciente com crise epiléptica, 1 paciente com fraqueza muscular, 1 paciente com cefaleia, 1 paciente com dor, 1 paciente com distúrbio visual, 1 paciente com tontura/vertigem, 1 paciente com distúrbio do sono, 1 paciente com dormência, 1 paciente em coma, 1 paciente com compressão medular aguda, 1 paciente com delirium/encefalopatia/delirium tremens, 1 paciente com infecção do SNC, 1 paciente com TCE, 1 paciente com aumento da pressão intracraniana, 1 paciente com emergência neuromuscular (síndrome de Guillain-Barré, crise miastênica), 1 paciente com perda visual súbita, 1 paciente com síndrome neuroléptica maligna, 1 paciente com hemorragia subaracnóide
- Reconhecimento de situações em que o paciente deve ser encaminhado para o neurologista
- Habilidade em revisar e interpretar a literatura médica
Manual do doutorando (e de todos os profissionais da saúde envolvidos) no atendimento às pessoas das enfermarias e ambulatórios de Neurologia
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana.”(Carl G. Jung)
- Saiba o nome do paciente, idade, origem da pessoa à sua frente. Conecte-se. Por trás de cada doença e de cada estatística, há uma história de vida. O paciente é o amor da vida de alguém.
- Identifique-se, assuma a sua responsabilidade. O paciente merece saber o nome da pessoa para a qual ele está entregando seu bem mais valioso.
- Informe-se com a equipe sobre o diagnóstico e o momento atual do tratamento do seu paciente e auxilie-o a entendê-lo. Ouça o paciente (nunca é demais ouvir novamente sua história e fazer uma nova anamnese, sempre há mais o que se descobrir) e suas expectativas e “fale” a língua dele. Envolva-o para que seja sujeito ativo no seu tratamento sempre que possível. Lembre-se de que ajudar o paciente a compreender sua condição facilita e ajuda na adesão ao tratamento.
- Dedique seu tempo ao paciente. Você pode ter apenas alguns minutos para cada um dos pacientes da sua lista, mas lembre-se de que podem ser os últimos minutos da vida de cada um deles. Além disso, cada um desses pacientes esteve um dia inteiro esperando por você.
- Dedique seu tempo aos acompanhantes. Se cada dia houver um acompanhante diferente fazendo as mesmas perguntas sobre a situação da sua pessoa amada, não se canse de explicar. Quanto mais grave a condição, mais tempo você terá que dedicar ao paciente e seus familiares.
- Seja humilde. Hoje em dia o conhecimento está ao alcance de todos (Dr. Google, etc.). Então faça a diferença na vida do seu próximo que está a sua frente precisando de sua atenção e de seus conselhos. E aprenda a “sentir” até onde ele quer ser ajudado.
- Há problemas no sistema público de saúde, no sistema privado, em todo lugar. Você não é culpado disso, mas muito menos o paciente. Portanto, não hesite em fazer o possível para facilitar a vida dele (se ele te pedir receitas, um encaixe necessário, uma informação adicional, um papel para a perícia médica, etc.).
- Cuidado com o que você diz. Palavras ferem. Palavras podem ter efeito permanente. Um conflito é tudo o que a pessoa fragilizada à sua frente não precisa neste momento.
- O paciente pode não ter tido as mesmas escolhas e a mesma vida que você, portanto, não o julgue. Seja compreensivo. Seja tolerante. Nunca é tarde para se aconselhar alguém, mas tenha respeito pela pessoa e pela vida à sua frente.
- Respeite a privacidade do paciente (o paciente pode lhe revelar segredos que não revelou a mais ninguém).
- Por fim, lembre-se que : “Estudar o fenômeno da doença sem livros é como navegar sem mapa, mas estudar em livros sem ver pacientes é como não navegar” (Willian Osler)